sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Lésbica ( Etimologia, Direitos civis, Discriminação, Práticas sexuais)  fiquem informadas sobre nossa opção sexual !!!!



Uma lésbica é uma mulher homossexual, uma mulher que tem atração sexual, física e afetiva por outra mulher. As lésbicas sentem desejos sexuais por outras mulheres, têm romances e relações sexuais com outras mulheres. Não existe uma causa definida para o lesbianismo, assim como não se tem uma causa definida para qualquer tipo de orientação sexual.
A palavra lésbica vem do latim lesbius e originalmente referia-se somente aos habitantes dailha de Lesbos, na Grécia. A ilha foi um importante centro cultural onde viveu a poetisaSafo, entre os séculos VI e VII a.C., muito admirada por seus poemas sobre amor e beleza, em sua maioria dirigidos às mulheres. Por esta razão, o relacionamento sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianismo ou safismo.
Platão se referiu a Safo como "a décima musa".
Até o século XIX a palavra lésbica não tinha o significado que hoje lhe é dado, o termo mais utilizado até então era "tríbade".
Muitos termos foram usados para descrever o amor entre mulheres nos últimos dois séculos, entre os quais: amor lesbicusurningismo,safismotribadismo, e outros.

Direitos civis

Ao se discutir o lesbianismo, deve-se manter em mente o fato de que as lésbicas, tal como outros grupos, ainda são alvo de muita discriminação. Esta discriminação geralmente começa no próprio lar, depois estende-se à escola e, subseqüentemente, ao trabalho.
No entanto, na entrada do novo milênio muitas empresas passaram a conceder os mesmos benefícios aos seus funcionários que vivem em relações estáveis com uma pessoa do mesmo sexo (i.e. casais gays e lésbicos) e o próprio INSS, no Brasil, reconhece o direito a pensão por morte da companheira.
Certos Estados e Municípios brasileiros também estão fazendo o mesmo para suas servidoras.
Uma estrangeira lésbica que estabelecer relação estável com uma mulher cidadã brasileira tem direito (desde 2004) a um visto de residência (temporário ou permanente, dependendo de suas necessidades) no Brasil. O mesmo é válido para casais binacionais de homens.
Nota-se que essa conquista do Movimento Homossexual Brasileiro é cobiçada por pessoas gays da maioria dos países. A lista dos países que oferecem este benefício aos seus cidadãos homossexuais está aumentando lentamente. Tipicamente são os países mais desenvolvidos que reconhecem casais lésbicos em termos de direitos de imigração (i.e. CanadáHolandaBélgicaDinamarca,AlemanhaSuéciaNoruegaFrança, entre outros). Portanto, nesta área, o Brasil verdadeiramente é um país pioneiro.

Discriminação

Nem todas as lésbicas têm uma ditada aparência e comportamento, conforme dita o estereótipo popular, isto é, não existe uma aparência lésbica e já está ultrapassada a ideia de que todas as lésbicas querem ser homens.
Homofobia é um termo moderno utilizado universalmente para descrever algo que afeta muito todas as pessoas homossexuais, inclusive lésbicas. Literalmente, o termo significa medo de homossexuais. Este medo freqüentemente se traduz em agressividade verbal ou até mesmo física em alguns casos. Portanto, a homofobia, assim como o racismo, são considerados comportamentos hostis.
De acordo com estudos conduzidos por mais de dez anos pelo antropólogo prof. Luiz Mott, fundador de uma das mais antigas organizações em defesa dos direitos das pessoas homossexuais, o Grupo Gay da Bahia, a cada dois ou três dias uma pessoa gay é brutalmente assassinada no Brasil.
discriminação de lésbicas e outras pessoas de Minoria Sexual é absolutamente proibida de acordo com a lei. A própria Carta Magna do Brasil, a Constituição Federal do Brasil, reza explicitamente que todos deverão ser tratados com isonomia perante a lei sem que se faça acepção de pessoas por qualquer motivo ou razão.
Se é verdade que as regras de fé de muitas religiões proíbem expressamente o amor entre homossexuais, essas leis religiosas se restringem somente dentro das respectivas comunidades religiosas. Em outras palavras, a liberdade religiosa exige que todas as religiões atuem dentro dos padrões básicos dos Direitos Humanos adotados pelo Estado Brasileiro.
Também é preciso esclarecer que nem todas as religiões proíbem a união entre iguaisIgrejas cristãs como a Igreja Metropolitana do Brasil, entre outras, projetam uma visão reformada em relação à comunidade LGBT. Muitas igrejas cristãs do mundo entraram no novo milênio discutindo com muita seriedade e deliberação o assunto da homossexualidade. Existe muita resistência por parte das alas mais conservadoras dessas instituições a ideia da união entre iguais.
Desde de 1993, a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) retirou o lesbianismo, bem como a homossexualidade como um todo, de sua lista de doenças, reconhecendo, enfim, não se tratar de nenhuma disfunção.
Conselhos Regionais de Psicologia de todo o país vem punindo psicólogos que se propoem a curar o lesbianismo. Uma Resolução do Conselho Federal de Psicologia, datada de 1999, proíbe os psicólogos de tratar a homossexualidade como doença, distúrbio ou perversão.

Práticas sexuais


Os estudiosos têm notado que o lesbianismo em seu aspecto físico provoca as mais extremadas reações: enquanto que moralmente é por vezes reprovado, a maioria dos homens heterossexuais possuem uma espécie de fascínio por duas mulheres que se beijem e/ou tenham relações sexuais. Alguns sexólogos escrevem que, por outro lado, existe um segundo tipo de homens que, feridos por seu "orgulho masculino", desprezariam as mulheres que dispensassem o pênis numa relação sexual; de fato, numa relação sexual entre duas lésbicas, o erotismo feminino e as características físicas da parceira parecem vir em primeiro lugar.
Não se sabe qual é a prática sexual preferida das mulheres, mas pesquisas afirmam que talvez possa ser o de papel passivo na cunilíngua, e isso estaria associado à estimulação do ponto G e/ou do clítoris. Por conta disso, muitas vezes o "69 lésbico" seria dispensado para que apenas uma das parceiras receba estimulação na vulva pelos lábios e língua da outra. Que por sinal é muito prazeroso.
Outro termo muito usado quando se escreve sobre práticas homossexuais femininas é o tribadismo, em que duas parceiras pratiquem uma fricção, ou seja, um encontro entre as vulvas de ambas. Diversos sexólogos têm escrito que, ao contrário do que se pensa, o prazer sexual não deriva somente das vaginas de ambas as parceiras, mas principalmente pelo encontro entre suas coxas. As práticas homossexuais entre mulheres também incluem penetração, mas com menor frequência; no entanto, quando praticada, é mais comum que a estimulação do órgão genital da parceira seja realizada manualmente ou, em outros casos, com um dildo (pênis artificial), embora esse seja mais raro.
Certos estudiosos também pretendem pesquisar se o interesse lésbico por imitações de pênis não significaria uma frustração da falta de um pênis real; alguns afirmam que não se pode generalizar acerca de todos os casos de lésbicas, enquanto outros afirmam que as que utilizam pênis artificiais não possuem interesses sexuais ou mesmo afetivos por homens. Pesquisas revelam que a utilização de pênis artificiais seria, para as lésbicas, uma tentativa da busca de "algo mais" assim como acontece com parceiros heterossexuais que buscam outras formas de "enriquecer" suas práticas de sexo. Outras práticas sexuais entre lésbicas, e que são menos comuns, incluem o fistfucking, osexo anal, que é tido como secundário numa relação lésbica, muitas vezes realizado manualmente ou com dildos; e práticas sadomasoquistas que, embora muito raras, podem incluir o uso de chicotes e flagelação como entre os heterossexuais sadomasoquistas. Outro assunto de interesse entre estudiosos e sexólogos é saber se as lésbicas possuem atração sexual por mamilos tanto quanto os homens heterossexuais, e a maior parte dos autores escrevem que o interesse é relativo mas semelhante.

Alguns livros lésbicos ( incentivando a leitura)



Kama Sutra para Lésbicas

Sinopse
'Kama Sutra para lésbicas' é um livro para aquelas mulheres que desejam viver intensamente sua sexualidade, esquecendo os arcaicos modelos femininos e admitindo seus verdadeiros gostos. O erotismo rege-se por normas diferentes para cada um, e por isso há tantas formas de sentir prazer. Resultado de investigações, entrevistas com lésbicas e um rigoroso e qualificado assessoramento profissional, o livro dá dicas das melhores posturas e revela todos os segredos que conduzem à intensificação do desejo e do prazer. Sem tabus nem preconceitos, aborda temas como a masturbação, o sexo oral, a penetração e outras maneiras de alcançar o gozo mais intenso. O importante é aprender a desfrutar do próprio corpo e do seu universo sensual singular, sozinha ou compartilhando-o com outra mulher. Conhecer a si mesma não implica saber o que desejam as parceiras sexuais. Embora tenha sido escrito para a comunidade lésbica, o manual pode tirar dúvidas de muitos homens sobre a sexualidade feminina. 


O que é lesbianismo

Sinopse
É preciso quebrar as palavras, abrí-las para enxergar a profusão de sentidos que as compõem, Lésbica, lesbianismo - não têm um significado evidente. Afinal, quem são elas? O que torna uma mulher lésbica? Uma emoção? Um desejo? Uma prática?Quem são as lésbicas, onde estão, por que delas se falam aos cochichos, entre olhares cúmplices? O que poderia criar laços de solidariedade eentre pessoas díspares, que vivem em mundos diversos, que percebem-no de forma plural? "Quero estar com pessoas que gostam das mesmas coisas que eu", dizia recentemente uma moça que se considerava lésbica. Mas que coisas são essas? 



A primeira dança, História de amor entre mulheres
Sinopse
Este é um livro fascinante escrito por mulheres para mulheres. São vinte e três histórias que, a partir de situações absolutamente comuns da vida cotidiana, falam sobre o amor, a paixão e o desejo num universo exclusivamente feminino.


Postal de Alice Springs - Um romance entre mulheres

Sinopse
Jody Johnson, uma jovem cantora country em tour com sua banda pela Austrália, sofre um acidente e é obrigada a passar alguns dias em uma pousada no meio do deserto. Lá ela conhece Grace, uma italiana belíssima que trabalha com a família enquanto se recupera de um casamento desastroso. As duas experimentam uma atração que pode mudar suas vidas. Escrito por uma australiana, este romance vem juntar-se aos sucessos românticos para lésbicas das Edições GLS, que mostram que o amor entre mulheres combina muito com final feliz.

Julieta e Julieta

Sinopse
Os contos reunidos neste volume têm uma qualidade inovadora: são histórias de amor entre mulheres brasileiras, contadas como elas de fato acontecem. São jogadoras de basquete, donas de lojas, artistas, médicas e vendedoras que de repente se apaixonam umas pelas outras. Moças tatuadas e certinhas, que andam de moto, a pé, de jipe e em sonhos. São casadas com homens, com mulheres, estão se envolvendo pela primeira vez com outra mulher.

São histórias de amor consumado, feliz, bem vivido, como a literatura brasileira ainda não havia produzido.

Amor Entre Meninas
Sinopse
Em “Amor Entre Meninas” (Panda Books), ela aborda o amor entre iguais considerando que ele é possibilidade de experimentação, de autoconhecimento e de identificação.

São 88 páginas de uma narrativa simples que pretende servir de ajuda para meninas que se perguntam: “será que sou Homossexual porque achei aquela menina bonita?”, “um beijo delicado. Será que sou Lésbica? Acho que não... Sabe que eu não sei? Acho que sou. E agora?” – mas sem esgotar o assunto ou pretendendo ser a última palavra de sabedoria.

Entram ainda na obra os intrincados e quase inexplicáveis conflitos associados aos desejos e emoções envolvidos na relação entre mulheres.

O objetivo de Shirley é fazer que o livro seja “um incentivo ao respeito mútuo e à convivência com as diferenças como caminho para uma sociedade mais justa”.